quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

DIREITO x MORAL

Um tema incansavelmente abordado pela Filosofia Jurídica, abrange a questão da relação entre o Direito e a Moral, já que estes, entrelaçam-se e interpenetram-se de diversas maneiras, permitindo uma interminável discussão doutrinária acerca do assunto.

A distinção entre Direito e Moral pode ser entendida por alguns fatores que perpassam esses dois elementos. Primeiro, com relação ao Direito, podemos afirmar que o mesmo é coercível. A coercibilidade é a ação movida pela força, aquela que é obrigatória.

A moral por sua vez, é espontânea e autônoma, brotando de uma consciência coletiva, de ordem voluntária. O direito é obrigatório e heterônomo. A Heteronomia do direito consiste na imposição das regras jurídicas por terceiros, independente da nossa adesão ou opinião.

Para caracterizar conceitualmente o Direito, faz-se indispensável a explanação da Bilateralidade Atributiva, que é a representatividade da relação jurídica entre dois sujeitos de direito, passivo e ativo, que intersubjetivamente podem pretender, exigir, fazer, garantidamente, algo ao outro e vice-versa, perante a Lei, face ao Direito.

É importante ressaltar que a relação jurídica deve ser estruturada dentro de uma proporção que exclua o arbítrio e que represente a concretização de interesses legítimos, segundo critérios de razoabilidades variáveis, em função da natureza e finalidade do enlace. Como exemplo, podemos citar os contratos de compra, venda e seguros.

Analisados estes pontos, podemos então definir o Direito como uma ordenação heterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de convivência, segundo uma integração normativa de fatos, conforme valores.

Podemos apontar objetivamente que o Direito tem coação e visa evitar que se lese ou prejudique a outrem; dirige-se ao momento externo, físico ou ato exteriorizado; impõe deveres e confere direitos, sendo bilateral.

Por sua vez, podemos afirmar indubitavelmente que o campo da Moral é mais amplo; é incoercível; visa à abstenção do mal e a prática do bem; dirige-se ao momento interno e psíquico, impõe deveres, sendo unilateral.

De fato, na vida cotidiana, estamos constantemente cumprindo normas, que visam regular nossa conduta perante a sociedade e até mesmo, frente a nós mesmos. Há normas que somos obrigados a cumprir, ou seja, possuem um caráter imperativo, pois versam sobre condutas consideradas essenciais para o funcionamento normal da vida social. São regras que visam a satisfação do bem coletivo, o equilíbrio das relações humanas e a manutenção da ordem, na esfera comunitária, portanto, não estando sujeitas ao livre arbítrio da vontade individual. Assim, estamos situados na esfera do Direito, considerando que o mesmo impõe regras de conduta que devem ser observadas, valendo-se até mesmo da força coercitiva para assegurar o seu cumprimento.

Entretanto, há preceitos que seguimos livre e conscientemente, tomando-os como valores subjetivos para a satisfação de um bem individual ou para a realização de uma vontade de espírito. Assim, estamos situados na esfera da Moral. Não são regras imperativas, muito menos coercitivas, sendo o seu cumprimento ou não dependente do caráter de cada pessoa. Os valores morais encontram-se dentro da consciência de cada indivíduo, cabendo a este julgar o que considera certo ou errado, tolerável ou intolerável. Porém, ninguém nasce com a consciência repleta de normas ou valores, sendo estes transmitidos da sociedade para o indivíduo. Um dos principais “canais transmissores” destes preceitos é a família que nos ensina desde pequenos quais os limites entre o moral e o imoral. Contudo, como já foi citado anteriormente, depende da consciência de cada indivíduo aceitar ou não estes limites, caso contrário, seríamos como cópias dos nossos pais. É por isso que os valores morais variam de sociedade para sociedade e de época para época.

Desta forma, é importante ressaltar que a imperatividade, com efeito, é uma das balizas que nos permitem visualizar uma diferença entre as regras morais e as normas jurídicas. No caso da moral, a aceitação destas normas fica a cargo da consciência de cada indivíduo, enquanto que, na seara jurídica, há uma força externa que nos compele a obedecê-las.

Porém, o problema da diferença entre a Moral e o Direito não é tão simples quanto parece. Para Maria Helena Diniz, é na questão do autorizamento que reside a principal resposta para essa discussão. A norma jurídica é a única que concede ao lesado, pela sua violação, a permissão para exigir a devida reparação pelo mal sofrido. Autoriza o indivíduo prejudicado a acionar o poder público, para que este valha-se até mesmo da força que possui, para assegurar a sua observação. Já as regras morais não possuem tal característica. De fato, ninguém pode mover o Poder Judiciário para exigir que determinada pessoa conceda uma esmola a um mendigo, por exemplo.

É impossível falar da relação entre o Direito e a Moral sem mencionar a “Teoria do Mínimo Ético”, defendida por vários filósofos e doutrinadores do Direito. Tal teoria classifica o Direito como uma parte da Moral, ou seja, os valores jurídicos seriam, antes de tudo, valores morais. O Direito não seria nada mais que um conjunto de normas morais consideradas essenciais para a sobrevivência da sociedade. Desta maneira, apenas alguns valores morais, devido a sua importância, necessitariam de uma forma especial, transformando-se em normas jurídicas.

Cabe agora indagar se realmente o Direito limita-se a abranger regras puramente morais. É óbvio que não. De fato existem normas jurídicas que nascem de preceitos morais estabelecidos pelos costumes de um determinado povo. Mas não seria correto afirmar que todas as leis de uma região possuem conteúdo moral. Basta citar que existem normas amorais (alheias ao campo da moral) que são jurídicas (por ex., as normas de tráfego aéreo), bem como normas que tutelam fatos considerados imorais pela maioria da sociedade e que são, à luz do Direito, perfeitamente legais. É o caso, por exemplo do divórcio. O Direito chega ao ponto de, em alguns países, tolerar o casamento homossexual e a prostituição.

Mesmo com tantos argumentos e teorias sobre Direito e Moral, esta discussão sobre essa relação sempre será inacabada. Devemos, contudo, distinguir esses dois grandes segmentos normativos da vida, porém, sem separá-los em pólos extremos. Ensina-nos com muita propriedade o ilustre jurista Miguel Reale: “Ao homem afoito e de pouca cultura basta perceber uma diferença entre dois seres para, imediatamente, extremá-los um do outro, mas os mais experientes sabem a arte de distinguir sem separar, a não ser que haja razões essenciais que justifiquem a contraposição.”

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

UTI => que lugar é este?

UTI, sigla que significa Unidade de Terapia Intensiva. Vejamos o que podemos apontar sobre esse ambiente, ainda atualmente tão temido pelas pessoas, sejam elas dotadas de conhecimentos científicos ou não.

Unidade de Terapia Intensiva. Segundo o dicionário Aurélio, unidade significa “qualidade do que é um ou único, no mesmo local” e terapia “ tratamento” e intensiva, “que lança mão dos meios importantes, que exige grandes esforços”.

Quando as pessoas ouvem que alguém foi ou está internado na UTI, remete à mente a certeza de que o estado daquele indivíduo é grave ou gravíssimo. Pensa-se logo: "se não tivesse, não precisaria estar em uma UTI!!! E é neste lugar que se “lança mão dos meios importantes e que exige grandes esforços” por parte da equipe multidisciplinar!!!" E nesta mesma hora, vai ao coração a insegurança de que aquela pessoa pode não estar mais conosco a qualquer momento.

Nós que trabalhamos em UTI, precisamos estar atentos pra cumprirmos o propósito que seguramos no canudo das nossas especializações, o juramento que fizemos nas nossas graduações!!! E falando em trabalhar em UTI, será que nós neste lugar, realmente lançamos mão dos meios importantes pra aquela vida? Naquele momento, quais são os meios mais importantes pra aquele paciente, enquanto indivíduo? E ainda, será que neste lugar, que rotineiramente estamos inseridos como se fosse nossa segunda casa, damos o melhor de nós mesmos, oferecemos os nossos melhores e maiores esforços em prol do bem daquele indivíduo?

Não estou falando apenas de procedimentos técnicos, terapias, exames, medicações, suporte nutricional, assistência fisioterapêutica, ou procedimentos rotineiros de cuidados pessoais. Estou me referindo a atenção, carinho, compreensão, cuidado, amor, respeito e sobretudo, valorização daquele indivíduo como um ser e não como um órgão, uma patologia ou quem sabe várias patologias ou um número de leito. Será que os profissionais de UTI têm essa consciência e desenvoltura na aplicabilidade da sua rotina de trabalho?

O paciente de UTI é aquele que de fato pode estar grave, devido às mais diversas alterações que podem ocorrer nos seus sistemas orgânicos, mas pode estar consciente, acordado, orientado e vendo tudo o que se passa ao redor daquele Box em que está restrito ao leito. E o que será que se passa na mente desse paciente, que não sabe as horas, não sabe se é dia ou se é noite, não vê o sol, ou a lua, ou o mar, ou as árvores, mas que escuta o ruído sonoro dos aparelhos que o cercam 24 horas ininterruptas, já que está sendo monitorizado intensivamente? Na verdade, escuta os alarmes sonoros de todos os pacientes que estão à sua volta, sejam 5 ou 10 indivíduos que estão ali ao seu redor... os quais não sabem nem o nome, nem de onde vêm, nem o que tem e que nem vão se conhecer... por vezes, pacientes batalhadores pela vida, passam lado a lado, Box com Box, lutando meses a fio e nem sequer sabem que têm companheiros de guerra pela vida.... É importante lembrar que todos estão ali de passagem. A UTI é um local de passagem!!!

Os pacientes chegam e saem, dentro de um determinado período de tempo, podem chegar e passar apenas um longo dia, ou intermináveis meses. Chegam graves e são trazidos de volta à estabilidade clínica, ou chegam graves e partem pelo chamado imediato de Deus. Ou ainda há aqueles que chegam instáveis, lutam com todas as suas forças, nós que trabalhamos em prol da sua recuperação, lutamos com todos os nossos esforços pessoais e profissionais, bem como lançamos mão de todos os meios que temos e julgamos importantes pra o reestabelecimento da condição clínica daquele paciente, e eles são irrevogavelmente chamados por Deus pra partirem dessa vida pra uma melhor.

Por que estou escrevendo sobre a UTI? Poderia estar escrevendo sobre o Natal, sobre coisas boas, notícias agradáveis mais recentes... Mas quem disse que UTI não é um ambiente em que podemos viver e ver coisas boas? Na verdade, a UTI é um lugar de paradoxos. Inexoravelmente, podemos nos deparar com situações de extrema alegria e conforto e com acontecimentos de pura tristeza, dor e desconforto! Estar em um ambiente como esses quase todos os dias da nossa vida, nos exige um controle emocional muito alto, além da capacidade intelectual de operacionalizar condutas em tempo hábil!

Vamos por partes. Hoje falei apenas uma introdução. Posteriormente falarei da UTI enquanto profissional... e quem sabe,um dia compartilho meu testemunho enquanto paciente de uma UTI, visto que já estive em um daqueles leitos, por intermináveis quatro dias!!!

UTI: LUGAR DE VIDA... SOBREVIVÊNCIA... MORTE... HUMANIZAÇÃO... ESPERANÇA... CONFORTO... LUTA PELA VIDA... CONFRONTO COM A DOENÇA...VITÓRIA SOBRE A DOENÇA... RESIGNAÇÃO...

LUGAR DE PASSAGEM...

sábado, 28 de novembro de 2009

RELAÇÃO JURÍDICA: elementos constitutivos condicionantes

O conceito de relação jurídica perpassa na afirmação de que, antes de tudo, trata-se de uma relação social. Porém, para denominar-se como relação jurídica, a mesma precisa ser especial e não comum.

É importante afirmar que a relação social comum não sofre a interferência do Direito, sendo resultante de uma fato qualquer (não jurídico), onde seus efeitos não têm quaisquer garantias perante a Lei. Comumente, a relação comum pode abranger o plano moral, religioso, exceto o plano Legal. Como exemplo, podemos citar as relações de amizade, namoro e favor entre duas partes.

Por sua vez, a relação social especial, estabelece uma correlação de direitos e poderes, obrigações e deveres, e sempre é originada de um fato jurídico, possibilitando a cobertura das garantias de seus efeitos pela Lei. Como exemplo, podemos citar a relação jurídica proveniente do casamento, já que após celebrado, gera imediatamente direitos e obrigações de ambas as partes, com interferência do Direito.

Faz-se necessário frisar que, a relação jurídica necessita da intervenção e garantia do Direito, para que o mesmo assegure e garanta os efeitos dela resutantes.

A relação jurídica é constituída basicamente por quatro elementos essenciais, sem o quais, não se caracteriza a relação como jurídica. Entre esses elementos, é importante destacar a presença condicionante de dois sujeitos, sendo um ativo e um passivo. O sujeito ativo é o titular do direito na relação jurídica, sendo o credor da obrigação a ser cumprida pela outra parte, que é o sujeito passivo. Este, por sua vez, é aquele que tem por obrigação cumprir o dever em relação ao sujeito ativo, sendo o devedor responsável pelo cumprimento da obrigação principal. Estes sujeitos que compõem a relação jurídica podem ser pessoas físicas ou jurídicas, não alterando e desfigurando a relação jurídica em ambos os casos.

É válido ressaltar que não existem direitos que não gerem ao mesmo tempo, obrigações e direitos de ambas as partes da relação jurídica, considerando que o sujeito ativo, na qualidade de credor da obrigação principal, pode possuir ainda, outros créditos provenientes de obrigações secundárias da outra parte, bem como deveres para com a outra parte; e que o sujeito passivo, enquanto devedor da obrigação principal, também pode possuir deveres secundários, como também, direitos a serem cumpridos pelo outro sujeito.

Considerando que a relação jurídica é constituída por dois sujeitos, ativo e passivo, trata-se de uma relação intersubjetiva, ou seja, uma relação entre sujeitos de direito, resultante de um fato jurídico, que estabelece um vínculo (jurídico ou de atributividade) entre as partes que impõem direitos e deveres mútuos.

O vínculo jurídico ou de atributividade é aquele que, ainda que o devedor da obrigação jurídica insista em não cumprir com seu dever, garante ao titular do direito, a realização da sua pretensão jurídica, enquanto sujeito ativo, credor da obrigação.

Este vínculo jurídico pode ser representado pelo instrumento que documenta perante a Lei, face ao Direito, a relação jurídica da ação gerada entre as partes, como por exemplo, os contratos, escrituras, recibos, etc.

Considerando que o vínculo jurídico está sempre alicerçado em algo que estabeleça o direto de um sujeito e a obrigação de outro, bem como todos os demais direitos e obrigações secundárias, é importante destacar a existência do quarto elemento que compõe a relação jurídica: o objeto. Este consiste na figura central, em torno da qual, se constitui a própria relação jurídica, sendo o meio pelo qual se almeja atingir um determinado fim.

Isto posto, é importante afirmar que a fonte das relações jurídicas, ou seja, de onde se origina a relação, incorre na própria causa da relação jurídica, podendo ser chamado de hipótese, suposto ou fato jurídico, de acordo com a estruturação de uma norma jurídica. Por conseguinte, o fato jurídico é que dá origem à relação jurídica, sendo um acontecimento que depende ou não da vontade das partes. Portanto, os fatos jurídicos, produzem efeitos jurídicos que ensejam as relações intersubjetivas.

Essas relações jurídicas podem ser absolutas e relativas. Absolutas quando os efeitos das mesmas envolvem todas e quaisquer pessoas que não estejam diretamente envolvidas, ou seja, há a extensão dos seus efeitos para com todos. Relativas quando vinculam os seus efeitos apenas às pessoas diretamente envolvidas na relação.

Dos efeitos dessas relações, estes podem ser imediatos (quando os efeitos da relação jurídica passam a existir imediatamente e instantaneamente) e mediatos, adiados ou diferidos (quando os efeitos da relação jurídica ocorrem de maneira retardativa, ou seja, em um momento posterior).

Ainda dos efeitos, pode-se afirmar que os mesmos são múltiplos (quando a relação jurídica enseja um direito e uma obrigação principal, mas concomitantemente dá origem a outros direitos e obrigações secundários) e exclusivos (quando da relação jurídica decorre apenas um direito e uma obrigação), sendo estes raros, no âmbito jurídico, de acordo com Hermes Lima.

REFERÊNCIA:

SECCO, Orlando de Almeida. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

AGRADECER...

"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade

de Deus em Cristo para convosco."

(1 Tessalonicenses 5:18)
Quando as boas notícias são provenientes da parte de Deus, ficamos como quem sonha... Porque nunca se ouviu, nem se viu, nem se imaginou em mente humana, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. As surpresas de Deus, são infinitamente inimagináveis!!! E como somos felizes quando é o próprio Deus que nos faz sorrir!!!
Precisamos estar em sintonia com o nosso Deus, continuamente e diariamente. Não só pedindo, mas também agradecendo por tudo o que Ele faz por nós e para nós... Deus é bondoso em todas as suas decisões que toma a nosso respeito, mesmo aquelas que achamos que ele nos quis privar alguma coisa... e creio que são nessas situações onde mais precisamos agradecer a Deus, nas cenas ocultas, nas coisas que não conseguimos ver ou entender, naquelas que só Ele conhece o fim delas e sabe que não seria bom para os seus filhos. O nosso Pai espera para ter misericórdia de nós... espera o que? É tão sábio que Ele planeja exatamente o momento de entrar com seu poder e misericórdia nas nossas situações.
Quando estamos sempre buscando a Ele, entendemos que as mínimas coisas, acontecem sob a sua permissão e também as mais significativas passam por debaixo do seu crivo. Por que? Porque Deus é aquele que dirige a vida de quem se entrega e confia inteiramente nele e conduz passo a passo as circunstâncias da vida de seus filhos. Sem medo de errar, Deus é um ser extremamente organizado. Tão organizado, que ele sabe exatamente o horário de todos os nossos compromissos, o horário do sol se pôr, nascer, da Lua virar cheia, do mar secar, da chuva cair, de alguém nascer, de alguém morrer... Deus é soberano sobre a Terra e sobre os céus... E há tempo para todo propósito debaixo dos céus...
Reconheça Deus na sua vida!!!! Saiba que louvar a Deus por uma situação, mesmo que aos nossos olhos não seja boa ou agradável significa que reconhecemos ser dele a responsabilidade do que nos está acontecendo, e não de um acaso!!! E quando Deus se responsabiliza por nós, podemos ficar descansados...!!! Porque estamos esperando por Alguém que não pode desapontar-nos e que não atrasa cinco minutos do tempo determinado...! Apenas lembre-se que há coisas que não podem ser feitas num só dia... aguarde pelo Senhor com fé, pois é ela que acrescenta o "amém" ao "sim" de Deus. E então, retira as mãos e deixa Deus acabar a obra!!!
E você irá ficar como quem sonha... e verá que Deus consegue nossas vitórias por métodos e princípios que parecem inteiramente ridículos e incoerentes aos olhos da nossa sabedoria e estratégia humanas...
Lembre-se de sempre agradecer, pois a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CENAS INCOMPREENSÍVEIS = MOMENTO DE CONFIAR



Amado(a) Leitor(a),


Talvez hoje ou algum dia você se deparou com cenas incompreensíveis no Palco da sua vida. Nestas situações, a tendência natural é imaginar ou termos a certeza de que nada dará certo pra nós. Puro pessimismo humano! Como somos limitados!!! Tememos muito a hora da crise. Hora em que todos os recursos humanos falham; hora em que enfrentamos ruína ou algo superior a tudo com que sonhamos, hora em que precisamos da infinita ajuda de Deus! A hora da crise é o momento de confiar!!!
Contudo, saibamos que, antes de podermos ter a ajuda de Deus, precisamos desistir de alguma coisa, precisamos render-nos completamente; precisamos abandonar nossa própria força, sabedoria e justiça e tornar-nos pessoas crucificadas com Cristo e vivas nele! Pois bem, Deus sabe levar os seus filhos a essa crise, mas também sabe fazê-los atravessá-la e conduzí-los a vitória.
Você pode estar dizendo assim: "Eu não entendo por que Deus deixou este meu ente querido ser levado. Eu não entendo por que ele permitiu que a aflição me açoitasse. Não entendo estes caminhos tortuosos pelos quais o Senhor está me guiando. Não entendo por que foram desmantelados os planos que eu achava tão bons. Não entendo por que as bênçãos que eu preciso tanto estão demorando tanto para vir". Deus nos diz: "o que eu faço, tu não o sabes agora, mas depois o entenderás".
Não se assuste se tudo o que você sonhou e planejou um dia está tão distante que você nem consegue mais enxergar como retornar para o início do caminho... e você se pergunta: "onde foi que eu errei? Por que tudo está ao contrário do que sonhei, imaginei, planejei? Como vou voltar de onde parei, se nem sei onde parei?" Não se aborreça com estas questões, porque o Deus que permite que as situações cheguem e açoitem você, é o mesmo que te conduz ao caminho que Ele tem pra você, o caminho da obediência e da submissão, o caminho da vitória. Só seremos realmente felizes quando for o próprio Deus que nos fizer sorrir!!! Nada está fora do alcance da oração, exceto aquilo que está fora da vontade de Deus. Então, saiba que a sua oração é acolhida no coração de Deus, porém só é respondida quando Ele ver em você condições espirituais e emocionais para receber e cuidar da bênção que Ele mesmo prometeu.
É quando os filhos de Deus pensam que Ele não está tão perto, muitas vezes é quando Ele está ainda mais perto! Ele nos reserva os mais fortes estimulantes para os mais profundos abatimentos. Ele está presente e faz do centro da angústia o lugar onde nos vivifica, e não o lugar em que Ele falha para conosco...
Amigo(a), você não tem que entender todos os caminhos de Deus, todas as maneiras que Ele dirige a sua vida. Deus não espera que você entenda tudo. Você não espera que seu filhinho(a) entenda tudo; você apenas quer que ele obedeça, o ame e confie em você, não é mesmo? Como filhos de Deus, saibamos que é seguro confiar no método dele e seguir pelo cronômetro do Seu relógio divino!
Será que Ele o está conduzindo assim, amado(a) leitor(a)? É isto que significa sua profunda aflição, seu ambiente difícil, aquela situação penosa, aquele lugar de provação aonde você não pode ir, nem estar, nem continuar sem Ele!!! Se você estiver com Ele, você pode dizer que tem o bastante para lhe dar a vitória nessa situação!
Volte-se para o Deus de Jacó!!! Ele também pode ser chamado o Deus de Camila, o Deus de Fátima, o Deus de Steniel, o Deus de Eduardo, o Deus de (o seu nome)!!!! Lance-se totalmente aos seus pés. Morra para a sua própria força e sabedoria, abandone-se em seus braços de amor e levante-se, como Jacó, pela força e suficiência do Senhor. A única saída do poço estreito que você está é no topo. Você precisa obter livramento, elevando-se a um ponto mais alto e entrando numa nova experiência com Deus.
Amado(a), você pode confiar no Homem que morreu por você. Se não puder confiar nele, em quem confiará? Pode estar certo(a) de que Ele não desfará nenhum plano que não deva ser desfeito e de que levará adiante todos os que redundarão na Glória de Deus e em seu maior bem, como seu filho. Você pode confiar nele para guiá-lo no caminho que é realmente o melhor para você, o caminho do Senhor.


Aonde o dedo de Deus aponta, nesta direção abre-se o caminho!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ENCONTRO COM DEUS = TRANSFORMAÇÃO!!!

"...e lutou com ele um homem
até o romper do dia."

Gênesis 32.23.


Este versículo das Escrituras Sagradas é bem conhecido, trata-se do combate de Jacó com Deus. Porém, podemos assim dizer que era bem mais Deus lutando com Jacó do que Jacó lutando com Deus. Era o Filho do Homem, o Anjo da Aliança - era Deus em forma humana, lutando para tentar expulsar de Jacó sua velha vida. Não se engane: Deus quer sempre expulsar de nós os nossos velhos hábitos, nossos velhos costumes que não agradam a Ele. E, se preciso for, se formos resistentes à isso, Ele por amor a nós, lutará conosco. E sem medo de errar, te asseguro que Ele, como onisciente, sabe e usa os melhores métodos para derrubar nossa soberba, nossa sabedoria humana, nosso orgulho, nossas convicções e nossas verdades (ou quem sabe inverdades). E, na luta com Deus, o lado mais forte vence, Deus vence. Mas nessa luta, Deus deixa que também saiamos vitoriosos, contudo se sairmos diferentes desse encontro, se sairmos realmente transformados, só assim podemos dizer que saimos vitoriosos. E, antes que a manhã rompesse, Deus havia prevalecido e Jacó caíra com a coxa deslocada. Mas, ao cair, caiu nos braços de Deus e neles se agarrou e lutou mais, até que a bênção veio e a nova vida surgiu. Ele foi levado do natural ao sobrenatural, do terreno para o celeste, do humano para o divino. Ao prosseguir em seu caminho naquela manhã diferente da sua vida, ele era um homem fraco e quebrado, como em muitos outros dias de sua vida provavelmente, porém havia um diferencial: Deus estava com ele e ele com Deus. E a voz do céu proclamou: "Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste."
Amado(a) leitor(a), essa sempre será uma cena típica de uma vida transformada: Lutas, entraves, combates, entrega, renúncia, dependência, consolo, conforto, sabedoria do alto e vitória. Você já experenciou em sua vida, em primeiro lugar o amor de Deus por você e por cada detalhe de sua vida? Deus não está apenas preocupado com os pássaros, com o mar, com a galáxia, com o Sol, com os rios, com os anjos e com as obras do Inimigo. Deus preocupa-se com sua criação, com o coração e com a alma de cada um dos Seus e sem sombra de dúvidas, almeja em sua essência, nos dar a vitória em tudo o que colocarmos diante da sua soberana vontade. Lembrando que, a vitória não é a resposta "sim" que esperamos de Deus, mas a vitória é o direcionamento do seu caminho pra nossas vidas. Você já travou alguma luta com Deus e obteve a bênção? Quem tem um encontro com o Senhor dos Exércitos, obrigatoriamente tem que voltar transformado desse encontro, não pode voltar apenas emocionado ou convencido, ou quem sabe até decidido. Tem que haver transformação, mudança de nome, mudança de atitude, de pensamentos, ações, decisões, mudança de caráter do "velho homem" para o caráter de um filho(a) de Deus. Deus não é algo que encontramos e só depois sentimos algo diferente, só depois pensamos em mudar, só depois decidimos por melhorar nossas atitudes por peso na consciência. O encontro com Deus é transformador!!!
No momento desse encontro, Deus através do Seu Filho, no primeiro momento, de maneira sobrenatural e instantânea, como num passe de mágica, limpa e remove todas as mágoas e traumas da sua vida passada e tudo se faz novo, pois a nova vida com Cristo, não combina com rancor, tristeza, mágoa ou depressão. Como andar com Deus com o coração preso, amarrado ao traumas do passado? Como viver a vida cristã com o coração pendurado e ancorado na vida dos outros com mágoas e ressentimentos? Após essa limpeza de coração, Deus refaz as nossas prioridades, mostra-nos que o nós estávamos dando prioridade em nossas vidas não glorificava o nome dele e nem redundava em nosso maior bem. Então, que sentido fazia priorizarmos algo em nossas vidas criadas e sustentadas por Ele, que não resultasse em Sua glória e ainda por cima, que não trazia o nosso bem maior, ou seja, priorizávamos algo que não nos fazia bem, nem glorificava o nosso Pai, no fim das contas!!! Aquilo que Deus não é colocado como Centro, como o motivo maior, não pode nos trazer o bem maior. Pode nos trazer alegria momentânea, prazer humano, satisfação terrestre, mas não estamos aqui nesse mundo para sempre, precisamos plantar sementes eternas, pois nossa vida em Cristo é eterna. A visão de Deus sempre transforma a vida humana.

"Aquele pois que está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo".
(2 Corintios 5:17)